17.7.06

escritura de guerra.



honey,

não se culpe pela falta de ousadia. não combina contigo. eu que fui displicente quase o tempo todo. palavras e olhos e mãos se perdendo. te ver me deu muita alegria. no entanto, honey, ainda assim, fui pego pela correnteza. definitivamente. e não tem nada a ver com o que me diz ou faz por mim. o coração é que anda perdendo o centro, em puro descompasso, apuro. me cortei noite passada: o sangue desceu cheio de arrepios. tive vontade de lamber os dedos, pintar as paredes. a solidão, honey, tem esse gosto de ferrugem, essa mesma cor vermelha da morte. eu disse alguma palavra-fechadura sem chave alguma? respiração, transpiração. o trinco se quebrou, baby. where am I? where are you? fiz rabiscos de carta. não enviei meus pensamentos disfóricos. aqui dentro é uma guerrilha, honey: emboscadas e ataques-surpresa. mílicias. sou um soldado do amor.

3 comentários:

B. disse...

o medo da ousadia, como é grande em mim. a insegurança. quando eu digo que me descrever em algumas palavras, não é a toa. sem contar no soldado do amor, eu sou.

Anônimo disse...

Bunny...
Seus textos são simplesmente apaixonantes.
Beijo doce!

Anônimo disse...

(¬¬) ao comentario de cima...
gosto da guernica.....
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