2.11.06

postal.


my dear,

teu gênio tempestuoso. abro o guarda-chuva para o teu rancor. e procuro me furtar de toda a culpa, com a delicadeza de um cleptomaníaco. mas ainda assim te pego pela mão. vem comigo? deixa essa história de lado, o mau humor é sempre molhado (cheio de cuspe e gritos). acho que são essas viagens ao inferno que te fazem mal. mas nem me fale delas. falhe. e deixe de ser perséfone. afinal, o que importa é o que está lá fora, presente. na tua cidade aeroporto, aviões descem de um céu azul chumbo. o dia está tão abafado que nascem bigodinhos de suor no meu rosto. faço a barba com as costas das mãos. eu te escrevo sim, não? que me diz dessa vontade de américa de norte no teu passaporte europeu? los angeles, boston, san francisco. gosto tanto de pontes, embora esta daqui aponte direto para a ilha. um pedaço de terra é uma solidão. tua cidade de interior sem espanhóis de conquista é uma solidão. talvez por hora entenda teu humor. e não chove mais (um pouco de amor e se fecha o guarda-chuva).

2 comentários:

Anônimo disse...

= )
r.g

Anônimo disse...

Amo o seu jeito de se espressar.
Estou buscando inspiração por aqui para praticar o que tenho guardado, como uma forma de desabafo...
Eu te amo.
Boa noite, lindo.

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