10.9.05

rascunhos. guerra.




com meu exército vermelho-comunista conquistei a ásia, a oceania, áfrica e europa. avançando, destruindo, subjugando. mas sobretudo: te procurando. remexi cada pedaço de país estrangeiro, levantei cada poeira, querendo saber onde estaria quem me faz tanta falta, quem com um beijo ou um sussurro no ouvido, destruiria todo meu império. e mesmo espalhando esse vermelho-conquista por quase todo o mundo, não sei como conquistar teu lugar também vermelho, esse de dentro, esperançoso, pulsante. quem sabe me chame de bárbaro depois de me ver dominando tanta gente assim e ainda adotar certos costumes & vícios de campanha. mas desconhecido amor meu, a maior barbárie do mundo é saber que estou invadindo tudo por você, fazendo tanta coisa errada, desaconselhável, sem honra, porque te procuro do modo mais desesperado. queria eu livrar-me destes louros, desta toga, destas sandálias, desse imaginário de general, queria me despir inteiro e me deitar contigo em qualquer lugar calmo do mundo, sem soldados, nem guerras, nem sangue derramado. ficar contigo em qualquer lugar em que o império seja apenas meu e seu, do amor e do sangue apaixonado.

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