21.6.06

can't ignore the train


honey,

fica impossível ignorar o trem: um som assim, passando pelos ossos, força de um milhão de cavalos fumegantes. também é impossível ignorar teus olhos. me deixam em desconcerto, desafi(n)ados, desviando. o pouso macio e direto deles, sobre os meus, acelera o coração. então os cavalos se soltam, o silêncio se perde, as crinas deixam um tom azulado no ar. fecho os olhos por cinco segundos e ainda vejo você no mesmo lugar. e depois vem um relincho, uma fúria, um amor. fico te seguindo no espaço, mesmo montando trilhos, criando cavalos, morto de cansaço. o lugar onde te vejo é cheio de vozes & história: móbiles. em cada um deles está algo que escrevi em doidos tempos, quando não havia rédea nem arreio. muito menos caminhos. de aço, chuva ou velocidade. ou do que quer que seja este som que não ignoro: o coração batendo, selvagem, sonoro.

2 comentários:

Anônimo disse...

demorei até poder fazer um comentário. "selvagem e sonoro", quem sabe? ou com som estridente de rodas em trilhos? faíscas voando em plena chuva, algo que já tenha dito, os cavalos que acabei incorporando e os textos que se devem ler juntos.
é, sou eu. gostei do saldo.

Anônimo disse...

ai ai viu

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