3.6.06

minotauro-medusa


honey,

não sei como você soube, mas é isso mesmo: meu coração tem tendência para o infinito, lá onde não me alcançam, lá onde não alcanço ninguém. daí deriva o mistério do meu corpo. e pensar o mistério das coisas, dos olhos, dos meus olhos, também dos teus. a vida é uma construção. a minha vai pelos andaimes. o meu lar sou eu. o meu eu: tu. não sei ser sem ser com você. e quando desaparece, acontece: duração, infinitude, saudade. te penso como minotauro-medusa: se te olho, eu me perco; se me perco, petrifico. também entenda que um coração não tem esquinas. é feito apenas do império imperioso da travessia. chegar, partir, fazer malas. nunca, nunca parar, perder, se perder entre quatro vias. quero apenas um caminho, honey. e se minha saudade de sete dias te assusta, eu disfarço. tenho tendências douradas para a mentira. douradas, mas nunca duradouras. eu confesso toda a verdade pouco depois: eu te quero, eu te amo, o impossível assombro de vida. das nossas, minotauro e medusa.

2 comentários:

B. disse...

que lindo, que tocante, que doce. já disse e não canso de dizer que me identifico. realmente posso ME ter, mas sem ela não consigo ser por inteiro eu. é ótimo ler teus textos.
beijos..

Anônimo disse...

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