8.7.06

reenvio.


honey,

eu queria te escrever de dentro da infinitude profunda, todos os dias. quem sabe assim me entenda melhor e saiba por que te escrevo tanto. são quatro da manhã, eu acho. a rua se resfria com quinze graus de temperatura. não sinto frio, mas queria sentir febre. amor. incendiário. esse é o grande tema da vida. não havia dito isso? pensei que tivesse. é por amor que levantamos todos os dias e colocamos a cara no mundo. é por amor que sentimos ciúmes, mágoa, dor ou raiva. e pela ausência do mesmo sentimento extremo, quem sabe venha o desejo da morte. quebra, interrupção. como continuar sem uma correspondência de olhos, peles, gostos? então escrevo. a mentira pode até caminhar nessas linhas, se desequilibrar, sair tonta, torta. mas para você, honey, quero só dizer a verdade dura do mundo, sem rasgo poético. talvez a maior delas: sinto saudades do teu sorriso. pela quarta ou quinta vez me prometeu uma visita. aguardei tua vinda e onde vai você? numa cidade nem tão distante assim, e deixando meu coração esmagado num espaço de rodovia. temos afinidade intelectual e sentimental. magia. nem me pergunte de novo. eu amo você. intensamente. hoje estou me derramando, quem sabe os selos ainda cheguem todos molhados de saliva. juro que não errei o endereço da outra vez. é você que não me responde. venha logo pra cá, se deitar comigo, sonhar, gozar. de alegria. jura que não me abandona mais? te espero ansioso. com o coração aberto e lavrado para tua semeadura. delicada e macia.
beijos.

3 comentários:

Anônimo disse...

mesmo sem intenção a poesia impera....
quem sabe o q esperar?
hje naum sei como vai ser ...
mas que a correspondencia chegue.....
apesar do convite naum chegar....
bju

B. disse...

"e pela ausência do mesmo sentimento extremo, quem sabe venha o desejo da morte."

ou pelo desejo de ter alguém sempre perto, isso tudo, se torna nada. e quando ninguém responde, corresponde. dói, o coração bate a toa, amar assim.. por nada, pra nada.

ah, sei lá. beijos :*

Anônimo disse...

Isso foi lindo.

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