1.3.07

correspondência lunar.


honey,

quem me dera saber o mundo pronto e branco. a vida é pra ser vivida até o fiapo. e que faz a morte rondando as esquinas com sua cara de osso? a morte é apenas um aviso de que o tempo é curto e sempre há tanto a fazer. o que me faz assim deitado, olhando de longe, sem dizer palavra? os dias passam cheios de memória, um recheio de tempos dados e cenas de bem-vida aventuradas. como pão cotidiano. tenho preenchido a vida de afeto sem olhar pra trás. os relógios que morrem nas costas não tem sentido no próximo segundo. entretanto, um passado contínuo acompanha o espírito entre vidros e luminárias vermelhas. é noite, amor. eu te espero. me acompanhe pelos corredores e pelos campos de trigo. não adivinho em você uma só verdade, mas te conheço com o roçado mais antigo de linhas e mãos. espera. há coisas no amor que fazem do resto um eclipse. a roupa lunar deixo na guarda da cadeira. é depois de cinco minutos que eu parto pra cima de são jorge e o dragão. há tanto que fazer até que teus fios de cabelo me puxem para tão perto. avisei desde logo que era amor. deus desceu e me deu você. por certo honro deveras o presente. insisto: pega a minha mão e deixa de medo. a vida é pra ser amada. e deste lado só faz lua cheia e bem lambida.

Um comentário:

Anônimo disse...

é.. viva a vida e suas impereições perfeitas..


o caos de nos mesmo é sinonimo da harmonia do universo!


esses textos inspiram!

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