30.3.08

full of devotion

dear,

i worship you. não sei como dizer isso na língua pátria. parece que estrangeira a palavra carrega as estátuas, os templos, as orações inteiras. i worshiped you quando me disseram que você era deus, quando me disseram que eu era fraco. e fui. porque eu te enchi de louros, de libações, de sândalos e de incensos. porque fui render graças a tua casa de ouro por um sem número de meses. porque todas as vezes que voltei de mãos vazias ainda assim era devoto dos santos e dos padroeiros. porque, mesmo de joelhos calejados, era eu um cordeiro de deus, tirando os pecados do mundo. dai-me a paz, oh pai, devolve meu sagrado coração, pois eu bem sei que eu tenho também um deus dentro de mim. tenho um amor divino e incalculado, cheio de comoção, adivinhação e profecia. mas mesmo sendo o deus que te adora, meu deus, a vida ainda assim é tão difícil, pesada e áspera. enchi-me de devoção por teu corpo, pela tua carne e pelo teu espírito santo. amém. pai nosso, por que a realidade triste supera em muito os meus sonhos de fé? por que não me olha e esconde o rosto? por que me dá o desgosto de mostrar que não sou teu? estou rezando em carne viva à santa maria, mãe de deus, rogai por mim, um amador, um iniciante. suga de mim todo amor que soprou com fúria, porque quando mais precisei, me abandonou. sabendo que eu não era deus. sabendo que eu era um fraco. e sabendo que eu estaria a teus pés, louvando um monumento sacro. intocável. invisível. como deus o é.

Um comentário:

Agatha. disse...

e continuamos deuses ingênuos, apaixonados por divindades absurdas que sempre nos convencem da sua imortalidade...mas nós é que somos os deuses do amor.

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