26.12.08

honey,

não me guarde no relicário. não sou tão valioso quanto suspeita, nem tão ordinário que não possa. não acredite em tudo ainda, embora eu queria tanto ser neste instante seu tesouro de ouro puro. sou tão criança ainda que nem sabe. tão sem brilho como sempre soube. e aparece essa coisa cortante de novo, truque e armadilha. um pouco de ciúmes distraído, eu fingindo que nada. pode ser agora, por que não? deita do meu lado e não me diz mais que seus medos são maiores que os pesadelos, nem que há um pouco de culpa em desejar demais. por mim, eu teria mais medo do mistério do que dos planos. deixa eu lhe conto de quantos quilômetros se faz um coração pensante. também um coelho, uma cartola, um passe de mágica. e pronto. lá se foi a miopia inicial. só que eu insisto: deixe de lado essa coisa de relicário, deixe de lado os óculos. segure minha mão e vamos pular no desconhecido.

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