17.1.09

a última canção


se soubesse como o fogo desce
em meu corpo em chamas
quando não me chama
em tuas preces,
são sebastião.

honey,

há dias não está comigo. há mais de dez dias não durmo. se puder me ouvir, onde quer que esteja, canta tua canção de fogo para carbonizar meu corpo. diamantiza-me. erotiza essa minha garganta arranhada de hidrogênio e saudade. pois toda vez que sussurro teu nome, os átomos se esmagam de tanta fricção, fusão e luz. então não demora para colar tua boca na incandescente estrela surgida, me faz queimar, arder, virar, morrer. mas me faz acontecer no céu de tua boca. porque mesmo me morrendo eu amaria tão só teu coração de fogo. tão só quanto da primeira vez, em que meu corpo insular se ampliou sobre tua américa latina, sobre tuas colunas romanas, tuas catacumbas. só não me entrega o silêncio de agora feito um tigre faminto estirado na porta. se puder me ouvir, acende teu farol de ouro para guiar meu corpo pela noite, em todas as noites, a noite toda. beija de novo minha boca. e de novo. e novamente. não me deixa saber do teu sabor apenas de memória. não me deixa não te contar minha grande história de amor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Um sentimento muito bom de saudade ou talvez voltar.Algo talvez que seja inesquecível...como da primeira vez que houve um sentido diferente.

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