21.3.10

a plataforma

dear:

estou em tempo de viagem e a paisagem lá de fora é um movimento. o cenário interno é o de uma estação. não é porque ninguém me tenha que peguei o trem. estava apenas esgotado da mesma espera de linguagem.  e também da coragem de o tu assumir como trajeto a linha que inventei. vi muitos descarrilamentos sem sensacionalismo algum, mas com as paixões acima do limite de velocidade. será que a culpa foi do paraíso perigoso que a palma da minha mão mostrou? vai ver muitos têm mais medo da chegada que da partida. dar o start é muito fácil. controlar a responsabilidade é que é difícil, sobretudo nos cruzamentos e nas paradas não-obrigatórias. então: fiz as malas de novo. tudo fica no lugar, mas eu vou. não me espere, não sei quando eu volto. quero que os band-aids parem de cair da carne ainda úmida e inteiramente aberta. e sigo pela luz só para ver se encontro os túneis no final da estrada.

Um comentário:

Branca disse...

Tenho tanta vontade chorar com teus textos. Tanta!

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