my dear.
não sei se hoje é diário ou nota de rodapé. nem sei se escrevo, agora que estou em estado hipnótico. por você. nem me pergunte como. apenas sei que ainda vejo com o canto dos olhos, um fio do relâmpago. e por onde vai o trovão? nem ouço. o coração vai batendo mais alto, mais longe, também mais intenso. tambores africanos, nunca estive na áfrica, mas entro para os mesmos rituais de suor e dança. antropologia, my dear, olhando bem para cara da cardiologia. então vem você e me diz 'espera, aguarda, conquista, mas se demora'. você quer mesmo? então eu aciono os freios, navegador, alterando rota e velocidade, não em linha reta, fazendo a curva, rodeio, bem cowboy com roupa de vinil. astronauta, astrolábio: eu já sinto saudades, admito. são apenas três dias, mas já perdi o mapa de navegação, perdi o norte, quanto tempo mesmo? o que acontece agora? eu fico quietinho sem dizer nada? faço o que quiser, estou lendo a bússola. fiz certo? okay. eu aguardo. do lado de dentro ou de fora?
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