22.8.05

correspondências: belezas, partidas.



my dear,

o amor está fazendo falta, fazendo ausência. me pergunto se está se fazendo longe porque não me quer por perto. a distância pode ser medida tanto por saudade quanto por kilômetros entre um ponto e outro. mas como medir o que sinto agora, sem que não saiba exatamente por onde foi você? sei, apenas, que foi embora, embora tenha deixado suas coisas espalhadas, devolvido meus presentes, esquecendo nossa história pela casa. me aperto pelo corredor, tudo parece pequeno e por onde você vai? leio bilhetes, esse teu quem-sabe-um-adeus, mas nunca dando a me entender um final, como se fossem reticências e suspiros os teus pontos ao término de cada frase. te descriptografo, te descubro me dizendo de ouvido, como tanto já fiz e como tanto já sabe que eu faria: por amor édipo decifrou a esfinge, por amor eu te decifro. não, mas não me deixa porque é impossível ficar sem você: é de amor que me faço, de amor que me visto, não me deixa nu em pêlo, não me deixa no frio. fica comigo que eu também te esquento. não me deixa no áspero impossível, no incontrolável de ficar sem teu corpo. estou fazendo promessas pro teu retorno, pro teu recente ressentimento, pras palavras burras que eu te disse, sem pensar no instântaneo, retrato 3x4 de mágoa e coração. eu te espero & também te quero & também te amo. fica pra você: uma rosa, duas rosas, meu nome, teu nome, nossa vida, tanto amor.

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