18.11.05

impressões espíritas.


então quem sabe eu sou o homem sem coração. olha pra mim, não me deixa sozinho. sinto por demais esse vazio. aqui dentro há algo que não pulsa, mas que também não pára. e onde eu me encontro agora? me deito na rua, me deixo, que direção eu pego se não muda o vento? estou na contramão da corda bamba. e meu nome fica rasgado assim em pedaços de papel que voam, não, não de outro modo. alguém me segura, me acalma, uma rosa, duas rosas: de hoje e de ontem. fica pra sempre assim. nós dois na praia, lá onde a areia faz um braço, a lagoa faz a curva e o mar beija nós dois. eu tive um sonho: vertigem, perdido, nem sei por onde, eu caio, sozinho. e não me atraio por nada que não tenha esse nome: amor. é o que eu quero de você. não é qualquer coisa não, é promessa, jura. eu tenho que encontrar. e acho que foi: estou nervoso. onde está você, onde estou eu. não tenho a mínima idéia. vem me ver? eu te conto tudo. te digo como a vida parece um conto de tão curto, mas tem um final feliz se for pra terminar contigo. vai e volta, não me deixa. então eu te procuro. pega um papel, anota meu nome. e guarda. quem sabe o mundo junta meus pedaços, me devolve esse nome que eu não tenho. só o que eu já tive. quem sabe o mundo, ai meu deus, devolve meu coração.
passado, passado: quanto déjà vu.

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