1.2.06

memórias > vida tempo.


é sim amor, o calendário e o relógio são os atestados da morte do tempo. eu fico olhando esses dias que passam, os números e nomes que ficam pra trás. o tempo nos traga como o mar bravio faria com um barqueiro perdido, numa água de violência, sem farol, num barco bêbado e louco pelos recifes de morte. o tempo e suas memórias: histórias que se grudam elétricas pela pele do corpo, feitas de todos os tempos em que a memória era apenas uma centelha vacilante, e virou ponto de luz, rastro de mapas ao longo dos meses. as memórias, amor, são feitas do tempo, desse que morre a cada vez que os ponteiros mudam. e a cada morte, eu aprendo mais com a vida: são as experiências que me fazem e perfazem. o tempo é agora, a vida é agora. por isso o amor não pode esperar, não pode ser uma vontade de vacilo, deve ser uma vontade de combate. levante as armas, atravesse as pontes: o amor deve ser colocado em risco e à prova. porque o amor precisa fazer aniversário.

Nenhum comentário:

Pesquisar o malote