23.3.06

carta > últimas linhas de um poema.


honey,

não. eu não acredito nas coisas que me diz: esse amor de instantâneo, esse instantâneo desapego. que elogio da mentira é esse, que inventa modos de ferir e de esquecer. fica essa história sem compreensão, das coisas que leu e das coisas que não viu. porque não percebeu o quanto de mim se alterou por ti. apenas se preocupou com os queixumes desse translado. quem sabe tudo ainda estivesse bem se você não tivesse cedido ao peso da curiosidade. a vida se faz pelo risco, não pelo que fica a descoberto. a vida só tem graça pelo mistério. tanto planos não ficam a encoberto? vai saber quando nossa vida pára. e é por não saber que queremos fazer tudo e tantas coisas. mas depois veio vindo, exigindo trocas ou escolhas, pisando em tudo. talvez nem fosse tão importante assim, nem tão verdadeiro o que dizia que era amor. e se engana muito: não fiquei um dia sem pensar em você. e em quais seriam as linhas do último poema de nós dois.

Nenhum comentário:

Pesquisar o malote