29.7.06

carta de costume.


honey,

escrevo como de costume, vai saber logo de início. estive com frida ontem. mas tinha muita gente em volta. você sabe que com público não se pode ser sentimental nem confessional. então fiquei fazendo teatro, contando tudo pela metade, meio folhetinesco. (muita gente dentro de mim). e voltei pra casa achando que só tinha dito superficialidades. sei que ela me entende, me descobre na profundidade, mas senti necessidade de um aviso prévio. e não pude dizer tudo. nem ela. voltamos magoados. já em casa, pensei no amor. senti uma fina rede tocando meu rosto, uma teia de aranha. senti uma meia roçando no calcanhar, o algodão se rasgando, a cortina abrindo uma lua inteira de céu, um véu noturno arrebentando um fio. arsenal noturno-moderno: meia-noite e um. nada acontece. não se pode voltar nas coisas de ouvido. me disseram o que não queria ouvir. fiz do dia um relâmpago negro, cheio de faíscas laranjas. estou para viajar. o que coloco na mala? fecho, abro, desfecho. qual é qual é que vai ser? camiseta, calça, tênis, carta de amor? se for, com assinatura e dedicatória. por favor.

5 comentários:

Anônimo disse...

volta logp
=~~

Lin's disse...

juro.. que vou fazer um cursinho
de literatura para entender esta postagem..
é lindu... mais algumas coisas ainda estou boiando até agora..

bjs...
volto logo pra floripa..

Anônimo disse...

Penetrar no teu eu?: que profundo!

Anônimo disse...

bunny, pra matar as saudades de você vim aqui te ler.
preciso dizer que amei?
não né?
bjo... bom retorno!

B. disse...

se fosse 00:00 eu faria um pedido, mas passado um minuto não tenho mais tempo. e que pedido farias?

beijos.

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