30.1.07

let the sunshine in.


honey,

faz sol aos baldes e descanso um pouco de tanta datilografia. escrever é dolorido. materializa o sentido em palavras, as palavras em coisas, as coisas num concreto armado que faz sala no meio da casa. e me lembra a toda hora como é impossível esquecer. não esquece você também? eu não sei se estou conseguindo te explicar minha ternura. ando escrevendo meloso e lambido. penso que chega a te dar enjôos & tonturas. hoje, depois de tanta leitura, me senti colado na parede junto com tuas fotos e tuas vozes que ouço com atenção. confesso que solto risinhos emocionados com teu amor de r puxado. faço brincadeiras de te imitar, invento ecos da tua garganta encostando na minha. quanta ansiedade para que a bagagem fique pronta, os vistos e os tickets todos assinados. estarei atravessando os trens que atravessam o país que atravessam meu corpo atravessado no teu. dentro em breve? espero. por enquanto te envio postais assinados com beijos, te falo dos dias bandidos, dos dias mocinhos, te conto da falta que me faz, choro ao telefone, e decoro os poemas que quero declamar no teu ouvido. faz muito sol. o dia é lindo. mas estaria mais pleno de beleza se a tua luz se derramasse sobre a minha, calma e tranquila. e bem perto do meu braço. ao som de música e ouro tilintando.

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