honey,
eu escrevo como sempre. talvez, também, como se fizesse um pouco de nunca pela manhã. faz algum tempo que a fronteira que nos separava, desapareceu. mas sinto dizer que nos minutos anteriores, ao levantar do sol, se deu o retorno do desaparecido. é quase cruel repetir a ausência assim sem aviso prévio. quando o vazio foi recuperado, nos encheu de novo de um vazio ainda pior: o eu sem tu. me parece quase desunamo aniquilar o espaço de trânsito, as paixões em comum e as peripécias do corpo. não consigo me contentar em apenas passar bilhetes por baixo da porta. fico à escuta dos teus carinhos e arranho a madeira de tanta fome. queria inverter os lugares e ser eu mesmo a desaparição das coisas, mas isto me obrigaria a passar pela dor de deus: a dor de ver e nunca ser visto. melhor, então, que de vez em quando aconteça o retorno do que nos separa. melhor que a alternância entre existir e não-existir a fronteira nos dê a segurança de um caráter temporário - uma presença suspensa. não se assuste com as próximas cartas, farei de tudo para ser o mesmo. dentro em breve, vermelhos e sangrentos devem seguir bilhetes. por baixo da porta, as fatias de um coração desaparecido.
eu escrevo como sempre. talvez, também, como se fizesse um pouco de nunca pela manhã. faz algum tempo que a fronteira que nos separava, desapareceu. mas sinto dizer que nos minutos anteriores, ao levantar do sol, se deu o retorno do desaparecido. é quase cruel repetir a ausência assim sem aviso prévio. quando o vazio foi recuperado, nos encheu de novo de um vazio ainda pior: o eu sem tu. me parece quase desunamo aniquilar o espaço de trânsito, as paixões em comum e as peripécias do corpo. não consigo me contentar em apenas passar bilhetes por baixo da porta. fico à escuta dos teus carinhos e arranho a madeira de tanta fome. queria inverter os lugares e ser eu mesmo a desaparição das coisas, mas isto me obrigaria a passar pela dor de deus: a dor de ver e nunca ser visto. melhor, então, que de vez em quando aconteça o retorno do que nos separa. melhor que a alternância entre existir e não-existir a fronteira nos dê a segurança de um caráter temporário - uma presença suspensa. não se assuste com as próximas cartas, farei de tudo para ser o mesmo. dentro em breve, vermelhos e sangrentos devem seguir bilhetes. por baixo da porta, as fatias de um coração desaparecido.
4 comentários:
Roubando Fernando Sabino:
"...pelo simples consolo, ainda que à distância, de te saber existente e convivermos"
Lindoo!
N�o conhe�o os outros textos q vc falou! vou procurar!!
Sempre entro aki! Desde....... vc deve lembrar quando!
abra�ooo
sempre lírico e instigante
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