13.3.08

o pássaro de fogo 2


dear,


don't be afraid. eu digo a mim mesmo. give me strenght to fight. eu converso, sim, com deus. e juro que não faço por querer. eu peço o que posso, nunca o impossível. e eu estou no mesmo lugar de sempre. as coisas ao redor é que se movimentaram delicadamente. não fui eu quem colocou os pensamentos em desordem. mas sei que sou completamente responsável por não fazê-los desaparecer. não tenha medo. o coração me diz e eu não acredito. algumas vezes eu sinto uma ansiedade tão violenta - me imagino a descoberto e completamente criminoso. como se você tivesse encontrado os bilhetes que nunca enviei por baixo da porta. ou pior: como se eu tivesse sido pego no momento em que os escrevo (de azul, o destinatário do lado esquerdo, descaradamente). em segredo, não quero que os descubra. mas é difícil não ser denunciado pelo meu olhar embasbacado de cinco minutos. ele acontece um pouco antes daquela que é, ao mesmo tempo, a melhor e a pior hora do dia: aquele minuto em que eu posso lhe dar um abraço apertado, me aproximar um pouco mais do seu rosto com algum motivo, saber-me feliz porque toco minimamente seu corpo; aquele minuto bitter-sweet em que cantarolo baixinho never know how much i love, never know how much i care when you put your arms around me, minuto em que me despeço outra vez do dia, em que digo adeus e volto para casa, sozinho e sonhador. aliás, tive um sonho lindo a noite passada: você se acercava de mim com meias palavras, fingia não saber de nada. depois me oferecia verbos pela metade, esperando que eu os pegasse e os fizesse funcionar por inteiros. como não tinha coragem, eu deixava tudo por fazer. e o coração estalava mais alto e mais forte cada vez que suas asas de fogo batiam mais próximas de mim...

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