2.7.10

o cercado de bambu


dearest: would you be mine?

pois o meu desejo tu já conheces: basta integrar o teu desejo ao meu e pronto. não precisas nem dizer palavra que as palavras não têm tempo. tu precisas colocar tua boca na minha, arrastar tua pele sobre meu corpo, penetrar teus dedos nos meus cabelos e sussurrar no meu ouvido que tinha saudades também daquele tempo, que tinha saudades de mim. tu deverias reconsiderar minha febre de ti para que eu enfeitice, te enfeixe, te feche sobre os carinhos dos meus braços. antes de tudo, o amor. quero deixá-lo vivo cá dentro. não é a paixão que nos coloca de novo no estado mais intenso? não é o amor nos tirando a calma que vale qualquer coisa no mundo? é, pois, a vontade que dá significado às nossas rotinas tediosas, ao trabalho repetitivo, ao dia sem ninguém e nem amasso. deixe a loucura fluir. a loucura é possessão, embriaguez. deixa-me embriagado de ti e de novo. tenho saudades daquele teu corpo, daquele teu rosto, daquele teu gosto nas tardes da casa tua. eu era teu caso. e éramos dois. (eu bem queria continuar do lado de dentro do cercado de bambu).

2 comentários:

Celso Andrade disse...

Belíssimo tudo que escreve!

abraço

Anônimo disse...

sim que saudade daquele tempo

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