18.12.11

sobre a relva

honey: a natureza é amor selvagem. o amor é natureza; o selvagem, amor. desde a última vez, deitados na grama fresca de orvalho, a bondade tem chegado aos lábios como cereja vermelha. a única certeza do amor é que ele é pré-histórico, anterior à escrita, anterior aos homens, doçura viva dentro dos dinossauros, acidez vinda dos meteoros. a única certeza do lado de fora, baby, é que o futuro não nos sabe. e o que podemos saber é deitar o coração no sabor de agora, estirar as carnes pela relva, fechar-se no calor da selva e beijar-se nas linhas imaginadas para os trópicos. fazer, fazer, até que o corpo crie descaso com a barbárie dos dias.

Nenhum comentário:

Pesquisar o malote